Com apoio do vereador Wagner Ferreira aos servidores da PBH, CPI da Lagoa da Pampulha rejeita relatório que pedia indiciamento de dez servidores públicos

FOTO: samuel consentino

Apoiados pelo vereador Wagner Ferreira (PDT), os servidores da Prefeitura de Belo Horizonte conquistaram uma vitória nesta terça-feira (11 de julho) com a rejeição ao relatório da CPI da Lagoa da Pampulha. O parecer pedia o indiciamento de dez funcionários públicos de carreira e com relevantes trabalhos prestados ao município. O vereador apontou preocupação com o relatório, que acusava os servidores de “organização criminosa” e se referia a eles como “inimigos da Lagoa da Pampulha”.

O resultado final foi de quatro votos contrários e três favoráveis ao relatório da CPI, criada para investigar irregularidades nos investimentos públicos em ações de desassoreamento e despoluição da lagoa, cartão-postal de BH reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Ao defender os servidores indiciados, Wagner Ferreira, que foi muito atuante durante todo o trabalho da comissão, destacou falhas no relatório, que não apontou, por exemplo, quais os benefícios dos acusados em ações relativas à Lagoa da Pampulha.

“Pudemos dar nossa contribuição ao trabalho importante da CPI, que trouxe luz a muitas questões. Mas o relatório é muito preocupante, porque acusa servidores com mais de 30 anos de carreira na nossa cidade, concursados, de inimigos da Lagoa da Pampulha. O relatório chama servidores de organização criminosa. E pela primeira vez eu vejo criminosos não se beneficiarem do crime”, criticou o vereador, destacando que foi omitida a parte final do relatório contendo tais acusações.

Para Wagner Ferreira, por se tratar de uma apuração relativa aos últimos dez anos, faltou ao relatório apontar outras responsabilidades, como gestores que comandaram a Copasa neste período. O vereador ressaltou que os servidores da prefeitura indiciados deram pareceres técnicos que em nenhum momento foram contestados por entidades de classe e especialistas, como ficou provado na CPI.

“Todas as pessoas que estão sendo chamadas de criminosos, de inimigos da Lagoa da Pampulha, são pessoas que receberam várias notas de apoio de entidades sérias da nossa cidade e do nosso Estado. Nota do Sindicato dos Engenheiros, do Sindicato dos Arquitetos, do Crea, dentre outras várias entidades. E isso a gente tem que prezar na administração pública”, disse Wagner Ferreira.

Vestindo a camisa

Usando um colete de trabalho dos servidores da PBH durante a reunião da CPI, em apoio à categoria, Wagner Ferreira reconheceu a necessidade de melhorias nas intervenções de despoluição e desassoreamento da Lagoa da Pampulha. “É obvio que a questão precisa ser melhorada, é uma luta permanente. O relatório apontou a quantidade de esgoto que vem de Contagem, é um trabalho de vários municípios, de várias entidades”.

O vereador destacou o importante trabalho desenvolvido pelo secretário Municipal de Governo, Josué Valadão, um dos servidores indiciados. “É óbvio que tenha digital dele, como tem de muito prefeito e muito vereador em tudo que se trata da Lagoa da Pampulha. São obras importantes para a cidade, com todo mundo tentando acertar”. O gabinete de Wagner Ferreira protocolou Moção de Aplausos aos servidores indiciados na CPI. 

Novo relatório, com o resultado da votação contrária aos indiciamentos, será apresentado para aprovação em reunião extraordinária da CPI da Lagoa da Pampulha marcada para esta quarta-feira (12 de julho).